É impossível ter o melhor de dois mundos. Não podemos questionar o uso abusivo de pesticidas e herbicidas nas culturas intensivas, que nascem no nosso concelho, e depois utilizar glifosato para evitar o crescimento de ervas nos nossos espaços urbanos.
Defendemos o desenvolvimento económico do concelho, com a criação de emprego e a instalação de novas empresas de todas as áreas, mas levantamos a nossa voz contra a poluição dos nossos solos, dos nossos lençóis de água e da destruição da nossa saúde.
Fomos pioneiros no uso da monda térmica, complementada com a mecânica, e temos vindo a testar várias técnicas, mais amigas do ambiente, porque acreditamos que o importante é a saúde das populações e a preservação do ambiente.
Deixámos de usar glifosato porque somos coerentes, porque temos como princípio a defesa do ambiente. Contudo, temos vivido momentos de adaptação a uma nova realidade e estamos a trabalhar para dar uma melhor resposta no que toca à limpeza urbana. Sabemos que as novas técnicas que agora utilizamos são menos eficientes e, ao mesmo tempo, fomos obrigados a deslocalizar equipamentos e trabalhadores para as chamadas faixas de gestão de combustível (para minimizar o risco de incêndios), uma imposição legal feita ao Município, sem qualquer afetação financeira ou de meios. Mas fica a garantia de tudo estarmos a fazer para manter o concelho limpo, sem o destruir.